O que é e para que serve o Inventário de Riscos no PGR?

O que é e para que serve o Inventário de Riscos no PGR?

Visando proteger os trabalhadores, a legislação brasileira está cada vez mais rígida. Na nova NR-01, dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), por exemplo, é necessário que as organizações elaborem um Inventário de Riscos. 

Preparamos este artigo para que você saiba o que é e para que serve esse inventário. Por isso, se tem dúvidas sobre o tema, prossiga com a leitura! 

O Inventário de Riscos e a nova NR-01 

A nova Norma Regulamentadora – NR 01, que trata das “Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais”, foi atualizada recentemente pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (antigo Ministério do Trabalho). 

Essa norma tem como principal objetivo a identificação de requisitos necessários para um bom gerenciamento de riscos operacionais. 

A partir das obrigações patronais disponíveis na norma, exige-se das empresas a implementação de um Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (PGR). Trata-se de um programa que visa prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais nas empresas. 

O PGR deve conter no mínimo o Inventário de Riscos e o Plano de Ação, documentos que devem ser elaborados pelas empresas para gerenciar os riscos de acidentes. 

Inventário de riscos: entendendo o conceito 

O inventário de riscos é um documento que serve para identificar e listar os riscos que existem nas atividades dos funcionários, tais como físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes por exemplo. 

Trata-se de um documento de caráter preventivo e que serve para documentar os riscos existentes nas empresas. Assim, podem ser desenvolvidas ações e tomadas medidas para que eles se minimizem. 

O inventário de riscos deve ter, no mínimo, as seguintes informações:  

1.  Caracterização dos processos e ambientes de trabalho;  
2.  Caracterização das atividades;  
3.  Descrição dos perigos, possíveis lesões ou agravos à saúde do trabalhador, com a identificação das fontes ou circunstâncias dos riscos gerados pelos peritos, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos aos ricos, e das medidas de prevenção implementadas;  
4.  Dados de análise preliminar ou do monitoramento da exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, bem como os resultados da avaliação ergonômica, nos termos da NR-17;  
5.  Avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação;  
6.  Critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão.  

Passo a passo: veja como implementar um inventário de riscos 

O inventário de riscos deve ser elaborado em conjunto pelo engenheiro e o médico do trabalho. Além disso, líderes de setor e os próprios trabalhadores podem participar com sugestões e observações. 

Para desenvolver esse documento, recomenda-se que se siga um passo a passo. Veja a seguir! 

1º passo: identificação dos riscos 

A primeira coisa que deve ser feita para criar o inventário de riscos é identificar todos os perigos que existem na empresa. 

Essa listagem deve ser realizada após um período de análise, em que os profissionais envolvidos enumeram as atividades que julgam ser perigosas na organização. 

2º passo: avaliação e classificação dos riscos 

Avaliar e classificar os riscos é importante e isso deve ser feito pela equipe responsável pela elaboração do documento. 

O ideal é que os riscos sejam classificados de acordo com o grau de gravidade, por exemplo.  

3º passo: monitoramento de riscos 

Nessa etapa, é preciso monitorar os riscos, de acordo com as demais informações que foram levantadas na execução do PGR. 

A ideia é que sejam tomadas medidas preventivas para evitar o agravamento dos riscos, bem como a ocorrência de acidentes de trabalho. 

4º passo: apontamento de resultados 

Após a realização do inventário de riscos, é preciso apontar os resultados e verificar se houve melhora nos processos da empresa. 

5º passo: reanálise dos riscos 

O inventário de riscos precisa ser consta temente revisto. Isso porque as atividades podem se modificar e surgirem novos perigos, além de outros serem mitigados. 

Em suma, no inventário de riscos, todos os perigos devem ser analisados nos setores. Para elaborar o documento, pode ser utilizado o modelo-base disponível nas NRs. 

Softwares como o SGG também ajudam a desenvolver e enviar o inventário de riscos para o PGR. Com esse tipo de programa, fica mais fácil ter o controle de tudo e evitar erros nos processos. Abaixo você tem acesso a um webinar que abordamos em detalhes o funcionamento desse recurso dentro do SGG:

Ainda sobre o inventário de riscos, é importante lembrar que o histórico de atualizações do documento deve ser guardado por um período de, no mínimo, 20 anos.  

Esperamos que este conteúdo tenha ajudado você a entender mais sobre essa exigência. Para facilitar o seu entendimento, estamos disponibilizando para download um exemplo de inventário de riscos. 

Diego Ribas