O mês de janeiro marca o início de um novo ano desafiador na implantação da gestão dos riscos e perigos psicossociais obrigatório para as empresas, e com ele a oportunidade também, de escrevermos novas histórias de nossas vidas. Portanto, vamos abraçar a Campanha Janeiro Branco 2025, que nos faz lembrar da importância de cuidar da segurança e da saúde mental, tanto na vida pessoal quanto no ambiente de trabalho.
Tudo começou em 2014, em Uberlândia-MG, quando um grupo de psicólogos percebeu a urgência de quebrar o silêncio em torno da saúde mental. Inspirados pelas reflexões que janeiro naturalmente traz — um mês de recomeços e resoluções — decidiram criar uma campanha focada em conscientizar a sociedade sobre a importância de cuidar da mente.
O nome, “Janeiro Branco”, remete à ideia de uma página em branco, pronta para novas histórias e compromissos com o autocuidado. Desde então, a campanha cresceu, tornando-se uma referência nacional.
Em 2023, esse esforço foi formalizado com a Lei Federal Nº 14.556, que reconheceu o Janeiro Branco como uma iniciativa fundamental para a promoção da saúde mental.
Qual o tema da campanha Janeiro Branco 2025?
No Janeiro Branco 2025, o tema da campanha nos convida a refletir e agir de forma contínua em prol da saúde mental. Com o lema “O que fazer pela saúde mental agora e sempre?”, a proposta deste ano busca reforçar a importância de ações consistentes e duradouras para o cuidado com a mente, indo além de iniciativas pontuais e promovendo um estilo de vida mais equilibrado e saudável.
A campanha deste ano enfatiza que a saúde mental não deve ser vista apenas como uma prioridade em momentos de crise, mas como um cuidado diário, feito de escolhas conscientes e práticas acessíveis. Desde buscar apoio psicológico até criar rotinas que favoreçam o bem-estar emocional, a mensagem é clara: pequenos passos hoje podem garantir grandes transformações ao longo da vida.
A saúde mental no Brasil é uma questão urgente, não apenas pelos números alarmantes, mas também pelo estigma persistente que impede muitas pessoas de buscar ajuda. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o país lidera o ranking de transtornos de ansiedade no mundo e é o segundo com maior número de casos de depressão na América Latina.
Além disso, o Ministério da Saúde aponta que o suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Em um país onde as desigualdades sociais e econômicas exacerbam os fatores de risco, o cuidado com a saúde mental não pode ser negligenciado.
Cultura do silêncio
Muitas vezes, as pessoas sofrem em silêncio por medo de julgamento. Esse estigma é um dos maiores desafios para combater doenças mentais. Nas empresas, isso se traduz em colaboradores que, mesmo sobrecarregados, hesitam em expor sua vulnerabilidade.
Impacto financeiro e social
Estudos mostram que transtornos mentais geram um custo alto para empresas e governos. A perda de
produtividade associada a condições como ansiedade e depressão custa à economia global cerca de US$ 1 trilhão por ano, segundo a OMS.
O papel das empresas: por que a saúde mental precisa estar no centro das estratégias?
Quando falamos sobre o bem-estar no ambiente corporativo, muitas vezes a atenção se volta para benefícios tangíveis: salários competitivos, planos de saúde e oportunidades de crescimento. Mas há um aspecto menos visível, porém igualmente importante, que define o sucesso de uma organização: a saúde mental de seus colaboradores.
Um ambiente saudável começa pela mente
Colaboradores mentalmente saudáveis realizam suas tarefas com mais eficiência e também se tornam agentes de transformação dentro das empresas. Quando um ambiente de trabalho valoriza o bem-estar emocional, as pessoas se sentem seguras para compartilhar ideias, assumir riscos e colaborar de maneira mais aberta.
A saúde mental não é um luxo ou um benefício secundário. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada dólar investido em intervenções para saúde mental no local de trabalho, há um retorno de 4 dólares em produtividade. Isso demonstra que cuidar da mente não é apenas um ato de empatia, mas uma estratégia sólida para o crescimento organizacional.
Atenção aos sinais invisíveis
A pressão por resultados, somada a ambientes de alta demanda, pode levar ao esgotamento emocional. Burnout, ansiedade e depressão são silenciosas, mas devastadores. Criar políticas preventivas e fornecer apoio constante é um diferencial competitivo que também se reflete em uma cultura organizacional mais humanizada.
Empatia como parte da liderança
O papel das lideranças é crucial. Em vez de apenas gerenciar tarefas, líderes precisam estar atentos ao estado emocional de suas equipes. A criação de um espaço onde os colaboradores se sintam ouvidos e valorizados começa com a empatia no topo da hierarquia. Pequenos gestos, como feedbacks regulares e conversas abertas, podem revelar muito sobre o bem-estar geral de uma equipe.
Cultura de apoio contínuo
Iniciativas pontuais são importantes, mas uma verdadeira mudança acontece quando a saúde mental se torna parte da cultura organizacional. Isso inclui desde a oferta de programas contínuos, como teleterapia e treinamentos em inteligência emocional, até a flexibilidade para lidar com momentos de crise pessoal.
Trabalhadores engajados, empresas resilientes
Estudos mostram que empresas que priorizam a saúde mental têm índices mais altos de engajamento e retenção de talentos. Em um mercado competitivo, onde a Síndrome de Burnout e o turnover estão em alta, esse diferencial pode determinar o futuro da organização.
Feedback constante: Não espere avaliações semestrais. Conversas regulares e rodas de conversas ajudam a identificar sinais de estresse antes que se agravem.
Treinamento de líderes: Capacite gerentes para identificar e agir em situações que envolvam saúde mental, promovendo um ambiente seguro.
Flexibilidade: A pandemia nos ensinou o valor do trabalho híbrido e remoto. Permitir que os colaboradores adaptem suas rotinas pode aliviar pressões desnecessárias. Portanto, cuidar da saúde mental é um compromisso contínuo. Quando as empresas escolhem esse caminho, todos saem ganhando – trabalhadores, clientes e a sociedade.
Janeiro Branco 2025: Como as empresas podem apoiar a campanha?
O Janeiro Branco 2025 é a oportunidade ideal para as empresas criarem iniciativas que realmente façam a
diferença no bem-estar emocional dos colaboradores. Abaixo, apresentamos um conjunto de ações práticas e criativas que vão além do óbvio, promovendo um impacto duradouro na cultura organizacional.
Todas estas sugestões apresentadas são importantes para que o bem-estar do trabalhador seja alcançado de maneira moderna e efetiva. A empresa tende a se destacar e o clima organizacional só tende a melhorar.
Atualmente na Gestão dos Riscos e Perigos Psicossociais são exigidos obrigatoriamente, tanto na ISO 45001 como GRO /PGR, essas iniciativas e estratégias são praticamente necessárias para atender as medidas de controle dos riscos ocupacionais e mitigações, previstas nas duas normas. (Medidas de controle de risco psicossocial relacionadas a fatores sociais).
Lembramos também, que os departamentos de RH devem considerá-las para que a gestão de pessoas realmente obtenha sucesso.
ISO 45003:2021 Saúde Psicológica e Segurança no Trabalho – Um Sistema de Gestão de Saúde e
Segurança Ocupacional.
Mudanças na área da segurança, saúde e meio ambiente estão ocorrendo no Brasil e no Mundo e serão
implantadas definitivamente em 2025, tais como, a inclusão e obrigatoriedade dos fatores de riscos e perigos psicossociais no GRO / PGR – a NR-1 com uma nova roupagem.
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