Aos poucos as soluções tecnológicas vão aumentando sua presença nas organizações brasileiras, podendo promover mais segurança e saúde nos ambientes de trabalho de diferentes segmentos.
Por outro lado, um verdadeiro desafio que temos pela frente com a Inteligência Artificial – IA, incluo as questões éticas, viés nos algoritmos, preocupações com privacidade e segurança de dados, qualidade dos dados, além da necessidade de regulamentação. Dentro deste contexto, as organizações devem adotar uma abordagem planejada, investir em capacitação e modernização tecnológica e promover uma cultura organizacional aberta à inovação. São passos fundamentais para o sucesso na implementação de soluções de IA.
Descubra então, neste artigo, em que consiste a Inteligência Artificial e qual será o seu papel no futuro da SST.

A Inteligência Artificial é um conjunto de tecnologias que permite que sistemas aprendam, analisem dados e realizem tarefas de forma automatizada, imitando a capacidade humana de raciocínio e tomada de decisão. Na prática pode processar grandes volumes de informações em segundos. Além de identificar padrões e oferecer insights valiosos para a tomada de decisões mais rápidas e precisas.
No contexto da área da segurança e saúde no trabalho ela poderá ser aplicada na:
Os benefícios dela na Gestão de SST, para as empresas, profissionais da área de SST e trabalhadores:
Outros benefícios:
Na minha opinião, vejo hoje que a IA provocará um profundo impacto na gestão dos riscos ocupacionais no Brasil e no Mundo, pois de acordo com a Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho (EU-OSHA), novas tecnologias, como a Inteligência Artificial, trazem possibilidades inovadoras para a segurança no trabalho, lembrando que ela permite a recolha e processamento de Big Data. Portanto, com acesso a tanta informação e à sua análise em tempo real. O mundo laboral, certamente, sofrerá uma transfiguração profunda. Aliás, a Inteligência Artificial atualmente já surge em ferramentas de apoio ao trabalho e automatiza tarefas cada vez mais complexas.
Todavia, com uma utilização devidamente regulamentada, fiscalizada e transparente, a IA artificial otimizará, certamente, a produtividade, o bem-estar dos trabalhadores e o crescimento das organizações. Convém ressaltar, que a proteção dos trabalhadores é prioritária, todas as tecnologias implementadas devem operar nesse sentido, considerando sempre os aspectos humanístico na área de segurança e saúde no trabalho.
Perante os avanços tecnológicos recentes na área da inteligência artificial (IA), a sociedade prepara-se, sem dúvida, para um período de profundas mudanças. Embora não possamos prever todas as consequências da integração da IA no nosso quotidiano, parece claro que a Segurança e a Saúde no Trabalho (SST) sofrerá inevitavelmente transformações.
Das inovações tecnológicas já aplicáveis nos dias de hoje, na área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), destaca-se o Metaverso, um conceito que mescla realidade aumentada e ambientes virtuais o que pode ser entendido como uma vivência em um espaço virtual, mas com influências da vida real neste universo.
No ambiente corporativo, o uso do Metaverso vai desde reuniões interativas (real com virtual), inspeções nos locais de trabalho, treinamentos especializados realizados à distância e de maneira totalmente virtual – o que diminuiria e muito os custos de uma organização.
Já a Inteligência Artificial (IA), promete transformar a gestão de riscos e a prevenção de acidentes no trabalho, pois ela oferecerá uma série de benefícios, como monitoramento contínuo, análise preditiva, automação de inspeções e prevenção de lesões musculoesqueléticas.
Além disso, a IA pode ser combinada com tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) para um monitoramento mais eficaz e integrado. Ela também pode ser utilizada para treinamento em segurança e saúde no trabalho, proporcionando experiências imersivas que ajudam os trabalhadores a praticarem inúmeros procedimentos.
Atualmente já temos inovações tecnológicas aplicadas na área da segurança e saúde no trabalho:
Exemplo:
Com a implantação da (Comunicação de Ocorrências do Trabalho – COT) via chatbot, passa-se a obter as informações das ocorrências de forma clara e ágil.
Com a automação de todos os processos baseada na AI, inicia-se pela criação do workflow digital de acidentes, em que os dados coletados são tratados e convertidos através de ferramentas de gestão do conhecimento e modelos preditivos, trazendo eficiência e sinergia ao processo, este chatbot proporcionará o envolvimento de todas as partes interessadas, desde o nível operacional até a liderança.
Há também um software AI denominado Autonomus Network Gear with Expert Level. Trata-se de uma ferramenta de auditoria autônoma que realizada por máquina e/ou equipamento, permitirá a identificação dos padrões do comportamento humano seguro durante o desempenho das atividades do trabalhador em cada local de trabalho ou frente de serviço durante todo o tempo; monitorando o aprimoramento das habilidades humanas, como: cognição, audição, visão e mobilidade.
Chatbot (ou chatterbot) é um programa de computador que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas. O objetivo é responder as perguntas de tal forma que as pessoas tenham a impressão de estar conversando com outra pessoa e não com um programa de computador. Após o envio de perguntas em linguagem natural, o programa consulta uma base de conhecimento e em seguida fornece uma resposta que tenta imitar o comportamento humano.
O termo Chatterbot surgiu da junção das palavras chatter (a pessoa que conversa) e da palavra bot (abreviatura de robot), ou seja, um robô (em forma de software) que conversa com as pessoas. Com base em Inteligência Artificial (AI) é uma solução mais completa e avançada, já que toda a informação do bot é construída por uma rede neural artificial, chamada de Processo de Linguagem Natural (NLP), mantida por meio da tecnologia de Machine Learning (com atendimento ininterrupto).
Avanço tecnológico que permite que sistemas simulem uma inteligência similar à humana, a IA tem ganhado destaque no segmento prevencionista por meio de softwares que vem auxiliando os trabalhadores em suas atividades, servindo principalmente como ferramenta para realizar classificações e predições. Mesmo que ainda de forma tímida no país, tem possibilitado um melhor controle dos perigos nos ambientes laborais.
Há muito o que adaptar, tanto por parte dos empregadores quanto dos trabalhadores. É preciso compreender que esta inovação, realmente trará benefícios em relação à SST, necessitando capacitar os trabalhadores para estas novas tecnologias e os profissionais da área de SST, que precisarão avaliar os ganhos e os riscos de tais tecnologias, num cenário em que a gestão ganha cada vez mais protagonismo em todo o mundo.
Nesse novo tempo que permeia a Indústria 4.0, exigindo estudos ergonômicos mais avançados envolvendo as áreas psicofisiológicas e biomecânicas, com a utilização de exoesqueletos na produção, sistemas de gestão em SST a serem implantados e implementados por todas as organizações, (GRO PGR), incluindo a Percepção de Riscos Ocupacionais (item 1.5.3.2.1 alínea a) da NR 1, com a respectiva Segurança Baseada em Comportamento (SBC) e a ISO 45003:2021 Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional – Saúde Psicológica e Segurança no Trabalho – Diretrizes para Gestão de Riscos Psicossociais no Trabalho (obrigatoriedade publicada neste ano), técnica aplicável em Ergonomia, e é um requisito obrigatório para as organizações que possuem ISO 45001:2018 certificada).
As organizações, profissionais da área de segurança e saúde no trabalho e gestores dos Sistemas de Gestão (ISO 45001:2018), ou do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), têm a oportunidade ímpar, no sentido de aplicar conjuntamente as boas técnicas em SSO, inovações tecnológicas e gestão, introduzindo os aspectos humanísticos e comportamentais no cotidiano.
Saber gerenciar a segurança e saúde no trabalho com estas inovações tecnológicas disponíveis é imprescindível, pois engloba algumas tecnologias para automação e troca de dados e utiliza conceitos de Sistema Ciberfísico**, Internet das Coisas e Computação em Nuvem, tanto para cumprir os requisitos legais, como para melhorar a competitividade das organizações industriais.
**Um sistema ciberfísico (cyber-physical system – CPS) é um sistema composto por elementos computacionais colaborativos com o intuito de controlar entidades físicas. A geração anterior à dos sistemas ciberfísicos é geralmente conhecida como sistemas embarcados, e encontraram aplicações em áreas diversas, tais como aeroespacial, automotiva, processos químicos, infraestrutura civil, energia, saúde, manufatura, transporte, entretenimento, e aplicações voltadas ao consumidor. Sistemas embarcados, no entanto, tendem a focar mais nos elementos computacionais, enquanto sistemas ciberfísicos enfatizam o papel das ligações entre os elementos computacionais e elementos físicos.
São avanços tecnológicos que permite aos sistemas, simular uma inteligência similar à humana. A IA tem ganhado destaque no segmento prevencionista por meio de softwares que vem auxiliando os trabalhadores em suas atividades, servindo principalmente como ferramenta para realizar classificações e predições. Mesmo que ainda de forma ‘tímida’ no País, tem possibilitado um melhor controle dos perigos nos ambientes laborais.
Há muito o que adaptar, tanto por parte dos empregadores quanto dos trabalhadores. É preciso compreender que esta inovação, realmente traga benefícios em relação à SST, necessitando capacitar os trabalhadores para estas novas tecnologias e os profissionais da área de SST, que precisarão avaliar os ganhos e os riscos de tais tecnologias, num cenário em que a gestão ganha cada vez mais protagonismo, tanto no Brasil como no mundo.
Com as interfaces entre cérebro e computador, os wearables e exoesqueletos, estes dispositivos mecânicos se encaixam no corpo do usuário e trabalham em conjunto com os movimentos do usuário.
Observem que o nome deixa claro, um exoesqueleto se trata de uma espécie de esqueleto artificial usado de forma externa pelo usuário, quase como se fosse uma roupa. Através do uso de metais resistentes e recursos da engenharia moderna, acessórios ampliam em diversas vezes a capacidade física de uma pessoa.
A maior parte dos equipamentos existentes são utilizados para reabilitação, criando uma “roupa” robótica que permite que pessoas com paralisia dos membros inferiores fiquem em pé e caminhem novamente. Os exoesqueletos restantes visam aumentar a força do usuário, criando um “homem superforte”.
Especialistas em biônica, acreditam que exoesqueletos médicos e militares vão se tornar populares em breve, para em seguida alcançar o cidadão comum. Nos próximos cinco anos, veremos mais e mais exoesqueletos por aí. Atualmente já são utilizados em algumas montadoras de veículos no Brasil.
Desde 2018 a Fundacentro promove estudos e pesquisas para viabilizar medidas ergonômicas referente a esta inovadora tecnologia nos ambientes de trabalho, visando diminuir o número de movimentos repetitivos e o desgaste físico do trabalhador.
Os exoesqueletos, na indústria, funcionam como uma membrana ou película protetora que vem sendo utilizada como suporte ou revestimento junto ao corpo humano, especialmente em trabalhadores que operam na linha de montagem.
O Ministério Público do Trabalho também há tempos constituiu um Grupo de Estudo Nacional, denominado GE Utilização de Exoesqueleto, com o objetivo de realizar estudos a respeito da existência de riscos ergonômicos pela utilização de exoesqueletos, se preocupando também com as questões psicossociais junto ao trabalhador.
A Fundacentro também iniciou estudos e ações nesta área, a partir do final de 2006, e em 2007 teve início o projeto: Estudo preliminar dos impactos da nanotecnologia para a saúde dos trabalhadores. Hoje, em 2022, a proposta ficou mais abrangente, denominando-se Impactos da Nanotecnologia e outras Novas Tecnologias na Segurança e Saúde dos Trabalhadores e no Meio Ambiente do Trabalho.
O objetivo deste projeto abrange outras novas tecnologias e busca identificar e avaliar seus impactos na área da segurança, saúde e meio ambiente do trabalho e propõe possíveis medidas de controle, para divulgar estes conhecimentos através de diferentes formas de comunicação.
Em 2018, a Fundacentro publicou a Nota Técnica nº 1/2018, com o título – Os Desafios da Saúde e Segurança do Trabalho (SST) para uma produção segura com o uso de Nanotecnologias – que poderá ser acessada no Portal desta Fundação (www.fundacentro.gov.br).
Esta Nota foi emitida, para informar a sociedade sobre os possíveis riscos especialmente da nanotecnologia à segurança e saúde no trabalho, destacando diversos aspectos a serem observados e recomenda ações para evitar ou minimizar os possíveis riscos advindos destas novas tecnologias.
Utilizar drones diminui ou elimina a necessidade de pessoas correrem riscos em situações e estruturas de risco?
O uso de drones para inspeção em espaço confinado, por exemplo, pode ser a solução para melhorar a segurança e a eficiência nas operações. Com este equipamento, projetado especialmente para ser resistente as colisões, é possível acessar locais de difícil acesso de forma rápida e obter imagens precisas de soldas, oxidação, desgastes, monitoramento de gases, limpeza e corrosão, além de possibilitar a realização de inspeção termográfica, enfim, sem expor os trabalhadores aos riscos.
Pode ser usado em condições de temperaturas relativamente altas (não extremas), áreas tóxicas ou ainda com pouco oxigênio, sem a exposição dos profissionais da área de SST e dos trabalhadores da área de mecânica, elétrica e de utilidades por exemplo. Tais exposições sem esta tecnologia representa um risco significativo para todos eles, podendo ocorrer acidentes fatais e sérias contaminações (doenças ocupacionais).
Se um equipamento apresenta vibração excessiva ou superaquecimento em determinado ponto, o sistema Big Data e sensores identificará anomalias e análises preditivas, ou seja, o sistema gera um alerta, e a equipe de manutenção entra em ação para corrigir essa falha. O acompanhamento de variações e anomalias é feito com precisão sem expor os técnicos, ou os profissionais da área da segurança e saúde no trabalho.
Enfim, o uso de drones chega no mercado como uma solução interessante para essa demanda pois viabilizam o acesso aos espaços confinados de forma rápida e segura, permitindo avaliação precisa. No entanto, seu uso requer cuidados para que não venha ser um problema ou um risco a segurança no trabalho.
Algumas vantagens na utilização de Drones
A opção na utilização de drones em outros ramos de atividades é uma excelente alternativa para quem necessita de inspeções e análises estruturais frequentes e onde há alto risco para a presença humana.
Atualmente com a legalização desta modalidade na área da SST, regulamentada pela Norma Regulamentadora nº 1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, através da nova redação (Portaria n.º 6.730, de 09/03/2020, e respectivo Anexo II – Diretrizes e requisitos mínimos para utilização da modalidade de ensino a distância e semipresencial), tratando também de inovações tecnológicas, oferecendo orientação legal e diretrizes, para oferecer com qualidade um ensino e aprendizagem.
As principais vantagens do uso da realidade virtual nos treinamentos e cursos em segurança do trabalho são diversas, as principais são:
– baixo custo: a produção de vídeos em 360 graus não é algo caro e o mesmo material pode ser utilizado por várias vezes;
– bom acompanhamento: os instrutores poderão acompanhar os colaboradores e verificar se eles realmente aprenderam o que foi estudado, e
– diminuição de acidentes: com trabalhadores treinados, o número de acidentes de trabalho pode diminuir consideravelmente.
A seguir iremos citar inúmeras destas inovações tecnológicas, onde algumas já estão disponíveis para aplicação em SSO nas organizações:
O Streaming é uma tecnologia que envia informações multimídia, através da transferência de dados, utilizando redes de computadores, especialmente a Internet, e foi criada para tornar as conexões mais rápidas. Para os treinamentos em EaD estas tecnologias representam um grande avanço para o ensino e para a interatividade.
Há também o live streaming, que permite o utilizador ver um programa que está sendo transmitido ao vivo. Existe também a possibilidade de transmitir um evento através do live streaming, para pessoas que estejam distantes possam assistir.
Com relação a transmissão e produção de materiais, a tecnologia avançada que hoje já é utiliza no Brasil é a 4K (Ultra-high Definition) e a integração com o sistema Active Directory /SSOs/Logins Externos.
Os certificados são emitidos de forma criptografada e com QR Code, o que garante e assegura a não reprodução fraudulenta de certificados, com rastreabilidade naturalmente, conforme orienta a NR 1, Anexo I.
Com a aplicação destas novas tecnologias em treinamentos na área de SST, ensinado e capacitando os trabalhadores, vem otimizar e permitir grande facilidades quanto a tempo, economia (pois o custo é inferior), possibilitando formar um maior número de trabalhadores, colaborando com a produtividade das empresas / organizações.
É possível com estas tecnologias citadas assistir vídeos e/ou tele aulas em streaming via smartphones por meio de aplicativos próprios exigindo uma conexão de dados ou através do wifi, facilitando aos treinandos, inclusive com plataformas de apoio com chat e outras.
A Higiene Ocupacional também recebe uma grande contribuição destas novas inovações tecnológicas. Trata-se das novas instrumentações para avaliação dos agentes físicos, químicos e biológicos, com comunicação USB, display modernos, Datalooger, transmissão remota à distância dos dados colhidos em campo via Bluetooth 5.0 ou 6.0, com aplicação de forma conjugada com o sistema Slot Availability Mask (SAM), para evitar interferências e o sucesso na coleta, com relação ao sinal de transmissão dos dados. Estas tecnologias beneficiam e protegem o profissional que está realizando as medições, não expondo-os nas áreas perigosas e insalubres.
Já há no mercado também, novos instrumentos que calculam o LEQ, LAVG e NEN simultaneamente, beneficiando a gestão e proteção ao ruído ocupacional, atendendo a lei trabalhista e previdenciária.
Existe uma larga oferta de software no Brasil para o gerenciamento de riscos no trabalho nas empresas / organizações, voltados para segurança do trabalho e meio ambiente e saúde no trabalho.
Eles otimizam os processos e a prevenção de riscos, o que possibilita a configuração e adequação conforme as necessidades, utilizando-se sistemas significativo e atuais, tais como: Oracle EBS e HCM Cloud, SAP HCM.
Com esta inovação tecnológica os benefícios são enormes e a forma de atuar na área de segurança e saúde no trabalho, mudou mais do que nunca, se modernizou trazendo inúmeros benefícios tanto para o SESMT como as Consultorias / Assessorias, com automatização de processos, no controle de documentos, gerenciamento informatizado de informações com relação aos Programas oficiais exigidos pelo governo, tais como GRO PGR, PGRTR, PGR NR 18, PPR, PCA, PCMSO e outros, como também os previdenciários LTCAT e PPP.
Beneficia também o controle e entrega de EPIs (distribuição e especificações técnicas), relatórios de conformidade/ não conformidade, mensageria, controles dos acidentes e das doenças ocupacionais, estatísticas e indicadores, absenteísmo e tantos outros recursos importantes, para uma boa gestão.
Concluindo, é essencial um upgrade na área de Segurança e Saúde no Trabalho no Brasil, pois as mudanças e as novas tecnologias já chegaram nesta área há tempos e a tendência é evoluir. Como as novas tecnologias têm mudado a forma das pessoas se comunicarem, trabalharem e aprenderem, este cenário se torna cada vez mais desafiador.
Portanto, se atualizar e capacitar é a palavra de ordem diante destas transformações e inovações tecnológicas na área da SST.
Mesmo com todas estas tecnologias disruptivas, que possibilita um melhor controle dos perigos nos ambientes de trabalho, convém ressaltar que sempre se deve levar em consideração os aspectos humanísticos e psicossociais nesta área, para o sucesso da gestão em segurança, saúde e meio ambiente, e não ficar apenas voltados para as questões tecnicistas e requisitos legais, num cenário em que o GRO e/ou Sistema de Gestão em Segurança e Saúde no Trabalho (ISO 45001:2018), se destacam cada vez mais como protagonistas.
MODELOS
As mais comuns são a IA Preditiva e a IA Generativa.
A IA Preditiva classifica e analisa dados atuais ou históricos permitindo identificar padrões, antecipar comportamentos e prever eventos futuros. Na SST, esse modelo pode colaborar, por exemplo, para antecipação de acidentes, analisando padrões de riscos, investigando registros de incidentes para prever áreas críticas de segurança ou mesmo prevendo doenças ocupacionais a partir do histórico de saúde do trabalhador.
Já a IA Generativa é capaz de criar textos, imagens, códigos, sons e até vídeos com a chamada. Esse avanço abriu caminho para os Large Language Models (LLMs), grandes modelos de linguagem que conseguem aprender a partir de bancos de dados. A máquina aprendeu a falar como os humanos e, com um comando (prompt), sem se preocupar com formato ou linguagem de programação, consegue executar uma tarefa.
Até pouco tempo, era preciso uma equipe inteira de analytics para comprovar, por exemplo, em que ponto a prevenção fazia sentido. Hoje, temos IA que preenche automaticamente documentos, acelerando processos repetitivos e operacionais que antes consumiam horas de trabalho. Permite, literalmente, conversar com relatórios e bases de dados, transformando um mar de informações complexas em respostas claras, rápidas e acessíveis.
“Haverá um impacto significativo na área da segurança e saúde do trabalhador, historicamente burocráticos, cartoriais e extremamente dependentes de dados para justificar decisões estrutural na forma como trabalhamos, comunicamos e tomamos decisões em áreas críticas para a sociedade” (José Augusto da Silva Filho).
Leia também: Medicina Ocupacional com IA: como a tecnologia auxilia a rotina do Médico do Trabalho | Blog SGG – SST
Estudar, capacitar-se, pesquisar e conhecer o Direito do Trabalho relacionado a estas novas tecnologias é fundamental, pois os requisitos legais do arcabouço legal brasileiro são enormes e riquíssimos, com relação a SST, além das políticas em SST das organizações e seus respectivos ‘’Compliances’’, pois problemas de ordem jurídica, regulamentar e ética, poderão surgir e as preocupações importantes relacionadas a SST também.
Quer otimizar seu SGG com IA? Clique no botão e conheça todas as ferramentas que vão transformar a gestão de SST na sua empresa!
Referências
– Ciaramella, Alberto; Ciaramella, Marco (2024). Introduction to Artificial Intelligence: from data analysis to generative AI 1ª ed. [S.l.]: Intellisemantic Editions. ISBN 978-8-8947-8760-3
– Corporate Social Responsibility in the Construction Industry – The poor OH&S performance of the construction industry – John Smallwood and Helen Lingard;
– ENIT_PORTAL do Ministério do Trabalho e Previdência;
– Ertel, Wolfgang (2017). Introduction to Artificial Intelligence 2ª ed. [S.l.]: Springer. ISBN 978-3-3195-8486-7
– http://www.revistas.usp.br/incid/article/view/89912/103928;
– ISO 45001:2018 Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional – Requisitos com orientação para uso;
– Portaria nº 6.730, de 09 de março de 2022;
– Silva Filho, José Augusto da. Ciências Sociais e políticas: na área de segurança, saúde e meio ambiente / São Paulo: LTr 2003;
– Silva Filho, José Augusto da, Segurança do trabalho: gerenciamento de riscos ocupacionais – GRO/PGR 2ª edição – São Paulo: Costa Jurídica, 2025.
– Russell, Stuart J.; Norvig, Peter (2021). Artificial Intelligence: A Modern Approach 4ª ed. Hoboken: Pearson.
– Rich, Elaine; Knight, Kevin; Nair, Shivashankar B (2010). Artificial Intelligence 3ª ed. Nova Deli: Tata McGraw Hill India. ISBN 978-0-0700-8770-5
– Luger, George; Stubblefield, William (2004). Artificial Intelligence: Structures and Strategies for Complex Problem Solving 5th ed. [S.l.]: Benjamin/Cummings. ISBN 978-0-8053-4780-7. Consultado em 17 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 26 de julho de 2020
– Nilsson, Nils (1998). Artificial Intelligence: A New Synthesis. [S.l.]: Morgan Kaufmann. ISBN 978-1-5586-0467-4. Consultado em 18 de novembro de 2019. Cópia arquivada em 26 de julho de 2020
– Poole, David; Mackworth, Alan; Goebel, Randy (1998). Computational Intelligence: A Logical Approach. New York: Oxford University Press. ISBN 978-0-1951-0270-3. Consultado em 22 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 26 de julho de 2020.