A 3ª edição da Norma de Higiene Ocupacional 06 (NHO 06), publicada em 2025 pela Fundacentro, traz atualizações importantes no que diz respeito à avaliação da exposição ocupacional ao calor. Essa nova versão revoga a edição anterior e introduz melhorias significativas tanto em aspectos técnicos quanto metodológicos.
Destacamos os principais pontos de mudança e inovação trazidos nessa atualização:
Uma das inovações mais relevantes é a introdução oficial do Monitor IBUTG, uma ferramenta desenvolvida pela Fundacentro, que permite estimar o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) em áreas rurais a céu aberto, sem fontes artificiais de calor.
O Monitor IBUTG pode ser utilizado:
Além disso, a ferramenta fornece previsões para os sete dias seguintes, facilitando o planejamento de atividades laborais e a implementação de medidas preventivas ou corretivas. O acesso é feito por meio de navegador web ou aplicativo para dispositivos móveis (iOS e Android).
A nova NHO 06 detalha de forma mais rigorosa os critérios para definição dos Grupos de Exposição Similar (GES). Essa abordagem visa otimizar a representatividade das avaliações sem comprometer a confiabilidade dos resultados. Entre as mudanças, destacam-se:
Os procedimentos de medição foram ampliados e reorganizados para garantir maior precisão e representatividade. Algumas atualizações importantes incluem:
Para situações de curta duração (como uso intermitente de maçaricos ou abertura de fornos), a norma permite a simulação controlada dessas condições para permitir a estabilização do conjunto de medição. Isso assegura a viabilidade de análise de exposições que, de outra forma, seriam difíceis de capturar.
A norma mantém o uso das equações tradicionais para o cálculo do IBUTG, mas reforça que a análise deve considerar:
Dependendo da combinação entre IBUTG e IBUTG pontual max, a exposição pode ser classificada como aceitável ou inaceitável, sendo obrigatória a adoção de medidas de controle nos casos em que os limites são ultrapassados, mesmo que não representem a condição mais desfavorável.
Esse valor da taxa metabólica será utilizado em conjunto com o IBUTG médio ponderado, calculado para o ciclo de exposição, conforme descrito no item 8 da norma, para interpretar o risco de estresse térmico e definir a necessidade de medidas de controle.
O texto revisado é resultado da experiência profissional de seus autores, de estudos e consultas em documentação técnica nacional e internacional. “Os usuários devem estar atentos à publicação de edições atualizadas ou de outras que venham substituí-las”, alertam os autores sobre as referências técnicas ou normativas utilizadas.
Entre elas, estão: “ISO 7243(2017): Hot environments – Estimation of the heat stress on working man, based on the WBGT-index (wet bulb globe temperature)” (Ambientes quentes – Estimativa do estresse térmico no trabalhador, com base no IBUTG – Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo);
“ISO 7726 (1998): Ergonomics of the thermal environment – Instruments for measuring physical quantities” (Ergonomia do ambiente térmico – Instrumentos para medição de grandezas físicas);
“ISO 8996 (2021): Ergonomics of the thermal environment – Determination of metabolic rate” (Ergonomia do ambiente térmico – Determinação da taxa metabólica);
“Criteria for a recommended standard: Occupational exposure to heat and hot environments. NIOSH 1986, 2013 (Draft) e 2016” (Critérios para padrão recomendado: Exposição ocupacional ao calor e ambientes quentes);
“ACGIH heat stress and strain: TLV(R) Physical Agents 8th edition – Documentation (2022)” (Estresse e deformação por calor da ACGIH: Agentes Físicos TLV(R) 8ª edição – Documentação).
A edição 2025 da NHO 06 representa um avanço significativo na proteção dos trabalhadores contra o estresse térmico. A incorporação de novas tecnologias, como o Monitor IBUTG, aliada a critérios mais robustos para amostragem, medição e definição de grupos de exposição reforça o compromisso da norma com a saúde ocupacional baseada em evidências.
A atualização exige atenção redobrada dos profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, especialmente na aplicação prática dos novos critérios e na documentação exigida para conformidade com a norma. A correta implementação dessas diretrizes pode representar a diferença entre uma gestão de risco eficiente e a exposição indevida dos trabalhadores a ambientes potencialmente perigosos.
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Referências: